Sento. Abro o editor de texto. O cursor pisca. A idéia não vem.
Talvez se eu tentar à moda antiga.
Pego um caderno e uma caneta. Abro o caderno. Desenho cubos e carinhas sorridentes. A idéia não vem.
Mas eu quero escrever, cazzo. Tem tanta coisa acontecendo.
Quero escrever sobre a menina que tomou banho no bueiro; sobre a senhora desnorteada pedindo informação na Paulista; sobre a morte do Bolaños; sobre o Natal que, cada vez mais, vira natal; escrever um poema sobre um olhar. Tanta coisa.
Mas não sai nada além de tópicos, como os acima – e escrever, assim como viver, é mais do que listar tópicos.
Mas, uma hora, sai.
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